Dando um tempo no Tormenta RPG, tô trabalhando em Criatura Selvagem, o próximo livro-jogo da Jambô. Ele é comprido pra caramba, com mais de 600 referências. E cada referência é enorme, com pelo menos dois parágrafos gigantescos - e muitas vezes até três ou quatro.
Na seqüência original, Criatura Selvagem foi um dos últimos livros-jogos a serem publicados. Ele foi trazido pra frente da fila por diversos motivos, um deles sendo o fato de que você enfrenta Zharradan Marr, o terceiro grande vilão do cenário de Titã (o mundo em que se passa a maioria dos livros-jogos). Só lembrando: você enfrenta outros dois vilõezões em O Feiticeiro da Montanha de Fogo (Zagor) e A Cidadela do Caos (Balthus Dire).
Criatura Selvagem é bastante inovador: ao invés de jogar com um aventureiro, você joga com um monstro - a criatura selvagem do título. Como foi um dos últimos livros-jogos escritos, CS tem algumas coisas interessantes; Steve Jackson, o autor, estava escrevendo melhor, na minha opinião, e soltou a imaginação de vez neste livro. São várias armadilhas, locais, personagens e itens e artefatos mágicos. Além dos muitos inimigos e das armadilhas, é claro! As regras também são um pouco diferentes, mas só porque você joga com um monstrão. Coisa pouca, mas que encaixa perfeitamente: quem disse que devorar hobbits pra recuperar energia podia ser tão legal?
É um livro bom, um dos mais interessantes até aqui - e conta muito o fato de ter sido publicado bem depois de O Feiticeiro da Montanha de Fogo e A Cidadela do Caos. Mas se Criatura Selvagem é interessante, é só porque todos os outros livros-jogos vieram antes foram tão bons. Bem na real, de todos os livros que joguei, não me lembro de nenhum ruim. Só de títulos médios (na pior das hipóteses), bons e muito bons. Fora o enredo, conta também o fator inovação - e Criatura Selvagem é loucamente inovador. Ei, lembrem-se que este livro tem mais de 20 anos!
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