domingo, 16 de maio de 2010

RIP Ronnie James Dio

O Dio morreu hoje de manhã.

Pra quem não sabe quem ele era, confira a Wikipedia.

O mínimo que você precisa saber é - o Dio inventou o símbolo do rock 'n' roll:

http://en.wikipedia.org/wiki/Sign_of_the_horns

Esse aqui é o endereço da página oficial dele: http://www.ronniejamesdio.com/

RIP, Dio - you'll be remembered.

:(((

Londres - 2a Semana

[vejam todas as fotos deste post em: http://gustavobrauner.myphotoalbum.com/albums.php]

Sexta-feira fez duas semanas que a Aline e eu chegamos em Londres. Diferente da primeira, em que tudo era deslumbramento e novidade, esta segunda semana foi um pouco mais morna. Mas com deslumbramento e novidades assim mesmo. :D

Não passeamos tanto quanto na semana passada, porque ficamos mais focado nos deveres (esta semana eu entrego a minha parte da DragonSlayer #30!).

Segunda-feira eu passei a tarde na Forbidden Planet e na Orbital. Na primeira vez que fui na Forbidden, não tinha visto que há um basement (um subsolo) - a escada fica em um cantinho, embaixo de uma Enterprise presa no teto. E é um lugar ENORME, que mereceu as horas que eu passei lá.

O basement da Forbidden tem mais volumes que muitas bibliotecas. Sério. Fiquei horas admirando os muitos absolutes, essentials, livros sobre quadrinhos, livros sobre a arte dos quadrinhos, encadernados de capa dura, de capa mole, com capas alternativas... E tem de tudo para todos os gostos. Fiquei especialmente feliz ao encontrar um encadernado reunindo as melhores histórias da série original dos GIJoe (só histórias boas!).

Além disso, o basement da Forbidden tem todo o tipo de mangá. São prateleiras e mais prateleiras de mangás. O legal foi ver que tem bastante procura e um público fiél aqui em Londres (e umas promoções muito legais, com séries completas em preços bem em conta - sim, Leonel, tudo de Akira e, Nume, tem Bleach completo!). Para completar os mangás, a Forbidden também conta com um enorme acervo de animês em DVD (para os puristas: não vou entrar em discussões sobre a grafia de 'mangá' e 'animê' - vou simplesmente usar a grafia que me der na telha, com ou sem acento; não incomodem, o lingüísta sou eu). Por falar em DVDs, havia uma seção especialmente dedicada ao cinema de horror, que eu sei que meu amigo Rogério Saladino iria adorar.

Como o basement é basicamente voltado para quadrinhos e livros, não poderia deixar de faltar romances de fantasia e ficção científica - mais uma vez, tem de tudo e para todos os gostos. O Senhor dos Anéis, obviamente, tem sua seção exclusiva, assim como Star Wars. Mas quem manda no campinho aqui em Londres não é nenhum destes dois gigantes - é Dr. Who, a série das séries para os londrinos. Dr. Who é tão importante aqui que supera SdA e SW juntos: a série tem mais DVDs, pocket books, audio books, posters, miniaturas, bustos, estátuas e qualquer colecionável do que você possa imaginar.

O basement também tem jogos de tabuleiro (com destaque para Settlers of Cattan e suas muitas expansões), livros sobre brinquedos (e colecionáveis) e, é claro, RPG. Mas fiquem ligados que em uma das próximas edições da DS vai sair uma reportagem especial sobre a Forbidden Planet e o cenário de RPG de Londres.

Mas, voltando à semana.

Eu passei tanto tempo na Forbidden por dois motivos. O primeiro, porque é über-legal. O segundo, porque terça foi meu aniversário, e a Aline queria que eu escolhesse um presente (o que é muito difícil, dada a quantidade de opções!). Ganhei um belo de um veículo + piloto dos GIJoe (o Ghost HAWK com o Lift Ticket) e três figuras clássicas da Marvel e DC (Capitão América, Winter Soldier e Capitão Marvel - que muitos chamam Shazam). DEMAIS!

O resto da semana foi meio morno, com a Aline e eu ocupados com trabalho e aulas. Não fizemos grandes passeios, nem conhecemos muita coisa nova. Até ontem.

No final de semana, aproveitamos para conhecer um pouco mais da Londres histórica. Ontem decidimos ir até a Tower of London e a Tower Bridge. Como o ônibus nos deixa do outro lado do Tâmisa, e um pouco longe de Tower Bridge, precisamos dar uma pernadinha até lá Mas valeu a pena.

Na ida da estação (de metrô + ônibus) até a Tower Bridge a gente se deparou com essa bela catedral, a Southwark Cathedral. Mas na ida até a catedral acabamos desviando para o Borough Market. O Borough Market é simplesmente o lugar mais fedido em que eu já estive. É pior que o banheiro da rodoviária do Rio de Janeiro. Tudo porque há uma banca que fica fritando queijo o tempo todo para sanduíches, mas, não, aquela fatiazinha de queijo na chapa: enormes meia-luas de queijo em uma chama fazer inveja a muitos soladores. A casca fica mais ou menos intacta, mas o interior derrete borbulhando, liberando aquele cheiro nojento no ar.

Mas tirando o fedido cheiro de queijo frito, o Borough Market é bem legal. Trata-se de uma enorme feira livre, onde você encontra de tudo: carne, frutas, legumes, sucos, bebidas alcoólicas (como cerveja de todos os países da Europa), café, chás, doces, compotas e várias banquinhas onde comer - há culinária espanhola, francesa, escocesa, portuguesa e inglesa (acho que esqueci alguma). Comemos um sausage and bubble (lingüiça com batata e repolho no pão) com chá. Bem gostoso. Ah, vale dizer que há gente de todas as nacionalidades passeando por lá: franceses, italianos, espanhóis e umas pessoas de um idioma que eu não consigo identificar, mas tenho certeza que é do leste europeu.

Do Borough Market fomos para Tower Bridge. Infelizmente, esquecemos a catedral por completo. Acontece. Voltamos lá outro dia. Da feira até a ponte passamos pela London Dungeon, um espetáculo de horror que eu ainda estou tentando convencer a Aline a visitar. ;D

A caminhada pelas margens do Tâmisa vale a pena. A gente passou na frente da City Hall, quartel general da Greater London Authority. Na ida até Tower Bridge pelas margens do Tâmisa, a gente também passou pelo HMS Belfast, cruzador leve usado na Segunda Guerra, que ajudou a bombardear as praias durante a invasão do Dia D.

Logo depois do Belfast e da City Hall chegamos a Tower Bridge - uma visão realmente impresisonante. Demos sorte, porque conseguimos ver a ponte sendo erguida (e filmamos tudo!). Depois, atravessamos a ponte (que tem uma exposição permanente, que leva por dentro das torres - mas a gente decidiu não entrar porque eu esqueci de fazer meu cartão de estudante, que dá um belo desconto em todos os programas culturais da cidade).

De Tower Bridge, descemos dentro da área da Torre de Londres. A Torre é o lugar mais legal em que estivemos desde que chegamos aqui. A Torre em si é apenas a estrutura mais central, cercada por muralhas altas, pátios e outras torres, uma verdadeira aldeia em forma de castelo. Infelizmente a gente não entrou , pelo mesmo motivo de eu não ainda ter feito o cartão de estudante :(

Mas do lado de fora pudemos ver umas filmagens que estavam acontecendo no pátio externo, onde atores vestidos como reis, cavaleiros e soldados disparavam um trebuchet em dois alvos distantes. Eles pediam para a platéia vibrar alto quando acertassem, o que, infelizmente para eles e para a frustração do diretor, não aconteceu. Mas foi bem divertido.

Ao lado da Torre há uma exposição permanente com armaduras de todos os reis da Inglaterra, outra atração que eu não quero perder. Quando voltarmos à Torre (e à Tower Bridge), certo que visitaremos esta exposição.

Da Torre de Londres, demos uma volta pelos arredores. Atrás da Torre, fica um parque em homenagem aos marinheiros que morreram na Primeira e Segunda Guerras: placas negras presas aos muros, com o nome dos navios afundados e de todos os marinheiros que pereceram com eles. Enquanto estávamos lá, chegou um homem nos seus quarenta e poucos anos acompanhado de uma senhora muito mais velha e um senhor de idade compatível a da senhora (obviamente seus pais). Esse senhor era bastante curvado, e precisava da ajuda do filho para descer as escadas do parque. Ele usava óculos, mas uma das lentes era totalmente preta: não tinha um olho. Depois reparamos que ele também não tinha um braço (do mesmo lado do olho que faltava), mas usava uma prótese que termianava em um gancho. Os três procuraram um nome nas placas negras e sentaram próximo, em silêncio. Quem será que eles estavam procurando - um amigo, irmão ou companheiro? Mistério. Nem eu tive tagarelice suficiente e falta de desconfiômetro para perguntar.

Depois do parque, fomos jantar: fish 'n' chips perto da Torre. A Aline, que não gosta de peixe (com a única exceção de salmão), sentiu-se em débito para com a Inglaterra, Império e a Rainha, e decidiu experimentar. Gostou. ;)

Depois, só nos restou voltar para casa. Já estava tarde e, apesar de ainda estar dia claro, até chegarmos em casa levaria tempo. Deu para cansar - o passeio inteiro levou mais de 5 horas.

Ontem eu decidi fazer também um álbum de fotos on-line. Por algum motivo o gmail só me permite enviar anexos que totalizem no máximo 4 mega e, como cada foto tem mais de 2, estava ficando muito sacal enviar um e-mail por foto para a minha família e amigos. Por isso decidi pelo álbum on-line. O endereço é http://gustavobrauner.myphotoalbum.com/albums.php (basta clicar). Coloquei títulos e descrições em cada foto para facilitar. Logo mais posto as fotos da nossa segunda semana aqui em Londres e de ontem também.

Mas, sobre Londres e os londrinos.

Após muitas observações do povo e da cidade, descobri uma coisa, no mínimo, curiosa. Por um lado, a moda aqui permite tudo - como eu disse em outro post (sobre a nossa primeira semana por aqui), aqui em Londres vale tudo: vista-se como você gosta, como você sente-se bem. Por outro lado, existe uma cor quase que banida: o verde.

Pouquíssimas pessoas usam a cor verde no dia-a-dia (e menos ainda em ocasiões especiais). Já percebi que uma vez ou, no máximo, duas vezes por dia (e não mais) você vê alguém vestindo verde, mas não mais do que isso. Uma camiseta ou casaquinho até rola de vez em quando, mas, no geral, as pessoas aqui preferem usar meias verdes, cadarços verdes ou tênis verde limão. Mas isso só as pessoas mais "arrojadas", porque é difícil mesmo achar alguém usando verde, seja na pe;ca de roupa que for (talvez por isso a Sonserina/Slytherin use verde...). Como eu disse, deveras curioso. Sim, a cidade tem árvores, jardins e parques, e com muito verde, mas vestimentas na cor verde são difíceis de encontrar.

Outra coisa que eu desmistifiquei aqui é sobre as londrinas. No Brasil, é comum ouvir que "as mulheres inglesas [ou londrinas] tem o rosto (muito) bonito, mas são normalmente gordas - e se são magras, são feias de rosto". Até onde eu pude verificar nestas duas primeiras semanas, isso é uma tremenda bobagem.

Os ingleses no geral, tanto homens quanto mulheres, não são um povo bonito. São um povo de beleza mediana, o que significa que alguns são média menos (um pouco feiinhos) e outros média mais (bonitinhos), mas, no geral, os ingleses não se destacam pela beleza (nem para chamar a atenção, nem para te assustar). São bem medianos, mesmo.

Os homens costumam ser magros ou, algumas vezes, cheiinhos. Existem os gordos e gordões, claro, mas são mais raros e, no geral, os homens são mesmo magros - e isso para qualquer faixa etária. Já as mulheres, sim, eu diria, costumam estar acima do peso (em qualquer faixa etária). Muitas são cheiinhas ou realmente gordas - mas eu não vi nada de gordas de rosto bonito ou magras de rosto feio - a beleza é mesmo mediana. A população de mulheres gordas e gordinhas é bem maior que a de homens gordos ou gordinhos. Mas por aqui isso não parece incomodar, porque é muito comum ver casais onde o homem é magro e a mulher é gorda ou gordinha (diferente do Brasil, onde gordura é um fator de sobrevivência social). Mesmo nos lugares tipicamente de gordos (como comic book e RPG shops), não vi muitos homens gordos, não. Aos olhos de um brasileiro, vantagem da genética inglesa, sem dúvida.

Bom, é isso aí. Estamos saindo para passear daqui a pouco. Ainda não temos certeza de onde vamos. Programas culturais que exijam pagamento, só quando eu tiver minha carteirinha de estudantes em mãos (o que deve ser terça ou quarta). Por enquanto, aproveitem o meu novo álbum de fotos: http://gustavobrauner.myphotoalbum.com/albums.php

Cheers!

sábado, 15 de maio de 2010

Rapidinha

Fiz um álbum on-line com fotos aqui de Londres:

http://gustavobrauner.myphotoalbum.com/albums.php

domingo, 9 de maio de 2010

Londres - Sightseeing +1

Ontem (sábado), nós decidimos conhecer Chinatown aqui em Londres. E acabamos fazendo o mais londrino dos programas.

Pegamos o ônibus para lá aqui perto de casa - felizmente, uma das linhas que passa por aqui larga exatamente em Chinatown. Tava um frio horrível, bastante úmido e até pingando (mas ontem não chegou a chover).

Chegamos lá já passando da hora do almoço. Saímos a cata de um lugar onde comer. No geral, achamos os preços bastante salgados, mas encontramos um restaurante com um preço mais acessível e bastante bom. Demos sorte: o lugar era simplesmente lindo por dentro, com bom atendimento e ótimos preços; o ambiente também era bastante agradável e, a comida, muito gostosa. Bebendo chá verde de graça e a vontade, o almoço ficou em 3,90 Libras para cada um (mais 10% pelo atendimento e outros 12,5% para as garçonetes).

[não achei as fotos, posto-as aqui depois]

Depois do almoço, fomos explorar Chinatown. Era o programa do dia. Mas o programa acabou bastante cedo, porque Chinatown tem em torno de apenas 3 ruazinhas. E só. Foi bastante decepcionante, porque esperávamos, bem, uma town.

Decidimos explorar os arredores de Chinatown, e acabamos chegando no National Portrait Gallery e na National Gallery. Os dois lugares são simplesmente demais (são entradas diferentes que dão para as mesmas galerias), com retratos de figuras históricas que datam da época em que elas viveram: Henrique VIII, Elizabeth I, Oliver Cromwell, reis, rainhas, cortesãos, nobres, atores, escritores, cientistas, artistas... Cada

Londres - Sightseeing

Recepção real na entrada da Hamleys

Nós temos caminhado um montão aqui em Londres. Desde que chegamos, todos os dias a gente passa muito tempo caminhando, principalmente para nos familiarizarmos com os arredores dos locais que mais frequentamos, descobrir os estabelecimentos com preços mais acessíveis e, é claro, conhecer a cidade. Nós caminhamos mais ou menos de 4 a 5 horas por dia, o que dá para cansar. Bastante.

Em nosso primeiro final de semana aqui na capital da Inglaterra, fomos a um ponto turístico nada convencional: a Hamleys, a maior loja de brinquedos do mundo!

São nada menos do que sete andares de brinquedos. A loja é simplesmente incrível, e assim que você entra nela, vira criança na hora. Eu costumo visitar lojas de brinquedos em todas as cidades que vou, mas nunca tinha visto nada igual.

Cada andar da Hamleys é dedicado a um tipo de brinquedo:

* Subsolo: lego e brinquedos de montar, novidades e videogames;

Nã-nã-nãn-nããã!


To infinity... And beyond!

* Primeiro andar: animais de pelúcia e a divertidíssima Marvin's Magic;


* Segundo andar: pré-escola - brinquedos para crianças pequenas;

* Terceiro andar: meninas - bonecas, artes, Hello Kitty, Barbie, fantasias;

As casas de bonecas são magníficas

* Quarto andar: hobbies - kits de montagem (trens, aviões, etc.), veiculos de controle remoto;

Sim, para saber o preço em Reais, multiplique por 3 - eu também fiquei triste :(

* Quinto andar: action figures (mas nada de GIJoe...), carrinhos e um café muito legal (e mais ou menos caro).

Playmobil paradise

A gente deu muita sorte, porque em 2010 a Hamleys faz 250 anos - sim, isso mesmo: DUZENTOS E CINQUENTA ANOS! Isso significa que existem muitos brinquedos exclusivos, comemorativos desse quarto de milênio da loja: vagões de trenzinhos, carrinhos (na mesma escala dos trens), cães, ursos, etc., etc., etc.!

Apesar de todo o Lego e Playmobil, para a minha infelicidade eu não vi nada de GIJoe. Aliás, GIJoe não é uma preferência dos britânicos, não. Só consegui achar dois bonecos antigos em uma loja especializada em quadrinhos (a Orbital) e alguns poucos outros (mais modernos) na Forbidden Planet, um dos lugares que eu mais gostei de conhecer por aqui, mas que merece um post próprio.

Londres - 1 Semana


Eu queria ter publicado este post na sexta-feira (o verdadeiro aniversário de 1 semana em Londres), mas, devido ao cansaço, não deu (e o mesmo vale para ontem - a gente tem caminhado em torno 4 a 5 horas por dia).

Nesta primeira semana aqui, deu para sentir o clima da cidade. Londres é a maior cidade da Europa e, também, uma das maiores cidades do mundo. Isso significa que a capital da Inglaterra é uma cidade ultra-cosmopolita, o que é totalmente verdade: é simplesmente impossível caminhar dois minutos na rua em qualquer direção e não ouvir alguém falando outro idioma que não o inglês.

A cidade abriga uma enorme quantidade de indianos, povos africanos (de diversas nacionalidades e origens), turcos, árabes, chineses, italianos e franceses. Também dá para encontrar fácil brasileiros, espanhóis, coreanos, japoneses, uns poucos alemães, uns poucos americanos e, pasmem, até mesmo ingleses! ;)

Com um pouco de experiência, fica fácil identificar cada um desses povos. Alguns são óbvios, como os orientais, africanos (mas estes você precisa ouvir a fala, porque existe uma boa quantidade de afrodescendentes naturais de Londres) e indianos. Outros, é só prestar um pouco de atenção: se for barulhento e falar alto, trata-se de um italiano; se estiver vestindo camiseta floreada e multi-colorida e boné, é um americano; se "olhar de cima" e for muito calmo, trata-se de um inglês. O que eu posso dizer da minha experência até aqui, é: todos os estereótipos que você viu nos fillmes de Hollywood são verdadeiros.

Temperatura

Um típico dia londrino

Os dias em Londres são claros, mas não de céu azul e sol brilhante como no Brasil. Pelo menos não agora, no início de maio. A luminosidade é mais ou menos a mesma o dia inteiro, e tem luz até lá pelas 19h30-20h (dizem que no verão a luz do sol vai até às 22h). No geral, o dia é claro, mas encoberto por nuvens - o que torna os dias de céu azul ainda mais especiais. Vi o sol apenas umas poucas vezes desde que cheguei aqui e, apesar dos dias claros, nada de luz brilhante e raios de sol.

A temperatura (pelo menos por enquanto) gira em torno dos 10o C. Ela sobe um pouco no meio da manhã, e cai do meio pro final da tarde. Ainda não peguei nenhum dia quente de verdade, daqueles em que dá para andar de manga curta (apesar de isso não ser um problema para os ingleses, que andam de manga curta no mais frio dos ventos!).

A chuva não é uma constante, e a previsão do tempo normalmente acerta. Ainda não vi a tal fog londrina, tão famosa no mundo inteiro (e isso que eu acordo todos os dias muito cedo). Um típico final de tarde londrino

Moda

É fácil saber o que vestir aqui em Londres: vale de tudo. Não interessa o quão desconexo, não-combinante e ridículo possa parecer aos olhos de alguém - está valendo. A moda aqui é aquela que você faz para si mesmo. É claro que existem grupos que usam roupas parecidas (principalmente tribos como punks), mas, no geral, cada um veste aquilo com o que sente-se confortável. Existem algumas tendências, é verdade, mas elas são tendências e, não, a norma.

A principal tendência para as mulheres hoje aqui em Londres é usar shortinho de jeans bem curto com meia-calça por baixo (preta, colorida ou com alguma estampa), normalmente calçando botas (curtas ou longas). Muitas mulheres também prendem o cabelo em um coque (onde fariam um rabo-de-cavalo), mas apenas para diminuir o comprimento, deixando o resto do cabelo cascatear livre por sobre os ombros e costas.

Não vi muitos homens de cabelo comprido aqui em Londres. Mas dos que eu vi, todos usam o cabelo de uma entre duas maneiras:

* Totalmente penteado para trás, preso em um rabo-de-cavalo ou com uma bandana;

* Solto em penteados espalhafatosos como os das bandas de metal da década de 1980 (sim, isso mesmo!).

Não existe meio termo; ou o cara usa o cabelo comprido de um jeito, ou de outro. Eu, que curto usar o cabelo solto, às vezes chamo atenção (e, tenho que dizer, ainda não vi nenhum homem usando cabelo solto como eu). No geral, a maioria dos homens tem cabelos curtos. Barba também não é uma coisa comum, e é normalmente bem aparada ou com um aspecto mais moderno, tipo "sujo". É comum os indianos usarem bigode.

As mulheres aqui não usam vestido - ou, pelo menos, eu ainda não vi ninguém de vestido. Mas, como o verão ainda não começou e faz frio, talvez elas estejam esperando esquentar (as lojas de roupas femininas anunciam vestidos, então eu acho que em algum ponto verei-os por aqui). Entretanto, as mulheres londrinas usam mini-saias bem curtinhas, tanto para caminhar na rua quanto para sair na noite ou trabalhar (diferente do Brasil, onde mini-saias como as daqui são proibidas em qualquer ambiente de trabalho). No geral, vale qualquer coisa, como eu disse, mas, para o dia-a-dia, eu diria que as mulheres preferem calças pela praticidade.

Os homens também vestem-se de maneira variada: terno completo, ou calça social e camisa, ou um jeans e camisa ou camiseta. Tanto homens quanto mulheres preferem calças skinny e calçados espalhafatosos. As calças skinny estão absolutamente na moda, e estão por tudo. eu diria que 8 entre cada 10 londrinos usa calça skinny no dia-a-dia (tanto homens quanto mulheres). O restante usa calças retas - ou, no caso das mulheres, os shortinhos com meia-calça. Calças bootcut, as minhas preferidas, são fáceis de achar (diferente de Porto Alegre, ainda bem), mas não são muito usadas.

Os calçados são um capítulo a parte. No geral, os sapatos são compridos, terminando em um bico reto (pelo menos para os homens). E a maioria das pessoas usa sapatos. Tênis são bastante usados, mas sapatos parecem a norma (com o clima daqui, é fácil entender). As mulheres são quem mais variam, de sandálias baixas bem abertas a coturnos plataforma acima do joelho.

Uma coisa bastante visível no que tange os calçados é que eles normalmente se destacam bastante do resto que a pessoa está vestindo; principalmente pela cor berrante e chamativa. É normal ver alguém de tênis verde limão com detalhes em rosa choque vestindo jeans cinza, camiseta branca e casaco de couro marrrom.

Como eu disse, aqui em Londres vale de tudo, e se existe um padrão, parece ser o da individualidade no vestir - as pessoas parecem dizer "este sou eu, e eu curto me vestir assim" (claro que existe um forte componente de rebeldia e quebra com os padrões da moda, principalmente entre os mais jovens).

Agora, se existe alguma cor banida do dia-a-dia londrino, é o verde. Só as pessoas mais arrojadas ou corajosas o usam. É a cor menos usada, e a mais rara de se ver (óbvio que todos os dias e uvejo alguém vestindo verde, seja uma camiseta, moleton, tênis ou só os cadarços, mas, vejam bem, é só uma vez por dia).

Alimentação


A ultra-diversidade de povos influencia diretamente a alimentação em Londres. Existem restaurantes de todos os tipos, preços e tamanhos, e de todas as culinárias, povos e etnias. As cantinas, restaurantes e cafés italianos estão espalhados por tudo (literalmente). A comida indiana também é uma constante, mas não tanto quanto a italiana (por exemplo, a cada duas ou três quadras tem um estabelecimento italiano, mas a região inteira só tem um ou dois indianos).

Também há muitos restaurantes chineses, tailandêses e vietnamitas espalhados pela cidade. É claro que as super-cadeias de comida também se fazem presentes em Londres, especialmente o Starbucks. Há um Starbucks em cada quadra e avenida, sem exagero. McDonald's e Subway também estão por todos os lados. Pret a Manger (sanduíches e afins) e Costa (café), que eu não conhecia, também são duas franquias gigantescas, espalhadas pela cidade afora.

É claro que eu não vou deixar de fora os muitos pubs, com suas muitas bebidas e petiscos. Os pubs também estão por tudo, mas em termms de estilo, dão de dez a zero nas grandes franquias: enquanto o Starbucks fica na avenida principal ou logo na saída do metrô, os pubs ficam nas ruas e vielas secundárias ou mais escondidas, longe do agito (sim, existem pubs nas principais ruas e avenidas, só não são o mais comum). A parte externa dos pubs são sempre em madeira, com grandes letras douradas sobre um fundo escuro. É o verdadeiro clima londrino.

É óbvio que eu já experimentei fish 'n' chips, o mais famoso prato londrino. Uma posta de peixe inteira frita, com batatas fritas e, às vezes, alguma salada com um molhinho à escolha do cliente. Eu gostei bastante. Também já provei cerveja na temperatura ambiente (embora muitos lugares ofereçam todas as bebidas geladas, bem ao gosto dos brasileiros), e gostei. No primeiro pub/restaurante que eu entrei, bati-um-papo rápido com o barman e perguntei a diferença entre cerveja normal e ale (que eu não sabia qual era) - resultado? Ele me deu uma prova de cada. :D

O que me leva ao próximo tópico.

Serviços

Em Londres, você compra qualidade. E, se a qualidade não é o forte, então você compra quantidade. Os serviços aqui são sempre nivelados por cima. O atendimento é normalmente muito bom ou, na pior das hipóteses, satisfatório (você consegue o que queria, mas é tudo muito frio - ainda que com "bom dia/tarde/noite" e "até logo/mais"). Sim, eu já fui mau atendido aqui, por uma indiana em uma loja de celulares; ela viu que eu não queria nenhum plano, fidelidade e essas coisas, e fez de tudo para eu não entender uma palavra sequer dela. Numa outra loja o caixa pediu até o meu passaporte para aceitar meu cartão de crédito, mesmo depois de a compra já ter sido efetuada, mas, neste último exemplo, ele estava apenas seguindo a operação padrão que nem aqui no Primeiro Mundo a gente vê. Mas, voltando ao ponto.

A comida aqui é sempre gostosa e bem-feita (mesmo que você não goste de certos pratos), e praticamente tudo tem qualidade. Ainda não comprei nenhum sanduíche de pão velho ("pão dormido"), por exemplo. Como eu disse, quando as coisas não têm tanta qualidade assim, então o cliente ganha na quantidade. Por exemplo, a Aline comprou uma embalagem de sete pares de meia em uma daquelas lojas de bastãotão (a Primark, tipo Renner e C&A) por 2 Libras (mais ou menos 6 Reais - nota: não vou usar os símbolos das moedas porque o editor aqui não os têm).

Existe todo tipo de oferta e, por pouca diferença, o cliente sai ganhando (no fundo, o ideal seria comprar sempre a promoção máxima: se 1 quiche custa 1.30 Libras e 3 quiches saem por 3 Libras, então é melhor comprar três quiches de uma vez). Mas isso leva você a comprar muito mais do que normalmente precisa, gastando o que parece uma diferença pequena, mas que fica grande se você aplica o mesmo raciocínio a todas as suas compras (comprar três quiches e economizar quase 1 Libra vale a pena, mas se você sempre tiver que gastar 3 para economizar 1, não vale tanto a pena assim). Então, às vezes é melhor comprar só uma coca 2 l do que 3 ou 4 (e menos que você beba muita coca-cola).

Gente

Até onde eu vi, todas as pessoas aqui em Londres, independente da nacionalidade, são muito prestativas e bem-educadas. Algumas até podem ser frias, mas são bem-educadas assim mesmo (nunca falta um "bom dia/tarde/noite", "com licença", "por favor", "obrigado", "desculpe" ou "de nada"). Ninguém nunca deixou de me ajudar quando eu pedi direções (qual ônibus pegar, onde descer, linha de metrô, essas coisas) e, quando a pessoa não sabia, não ficava "inventando moda".

Os funcionários no geral (como atendentes de lojas, garçons e policiais) são muito prestativos, e fazem de tudo para ajudar. As pessoas na rua também.

Se tem uma coisa que eu aprendi sobre os ingleses é que eles parecem extremamente frios e distantes, mas, no fundo, são apenas reservados (ou até um pouco tímidos), e estão loucos para bater-um-papo. É bem interessante e divertido conversar com as pessoas daqui.

No metrô (e nos ônibus, em alguns horários), as pessoas normalmente lêem um livro ou jornal, mas sempre olhando para os lados, como se estivessem loucos para conversar com alguém. Esses dias, em um restaurante, sentou um casal na mesa ao lado. Ingleses, sem dúvida. Tanto ele quanto ela não paravam de nos olhar, e dos pés à cabeça. Mal conversaram entre si, mesmo enquanto analisavam a Aline e eu (e nós dois estávamos conversando em português). Para dizer a verdade, os dois até pareciam um pouco hostis. O nosso assunto acabou descanbando para a Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016, e eu fiquei com vontade de perguntar ao casal o que eles achavam de a Olímpiada de 2012 ser em Londres. A Aline chegou a dizer para eu não falar com eles, porque o homem stava com uma cara tão fechada que poderia querer me agredir. Mas eu, sendo quem sou e como sou, tive que puxar conversa... Resultado? O homem e a mulher começaram a falar e não pararam mais! Queriam saber de onde a gente era, o que estávamos fazendo em Londres, se estávamos gostando, para onde iríamos depois, e por aí vai. Ambos foram muito calorosos e receptivos, e bastante abertos a dois estrangeiros como nós.

Isso é uma coisa que eu já percebi sobre os ingleses: frios por fora, mas bastante receptivos por dentro. Esses dias, um inglês que eu conheço disse a verdade das verdades: "Parece que nós [ingleses] não gostamos de vocês, mas a verdade é que não sabemos como começar uma conversa - talvez seja por isso que nós falamos tanto sobre o clima; não sabemos como conversar nem entre nós mesmos". Engraçado, mas muito verdadeiro. Se você realmente quiser conversar com alguém no metrô mas for muito tímido para iniciar a conversa, espere pelos últimos horários, perto da meia-noite - certamente um irlandês bêbado falando mal dos ingleses vai puxar papo com você. :D

Londrinos: malandrinhos como os brasileiros para sair nas fotos dos outros

sábado, 1 de maio de 2010

Aliança Negra [NOT!]

A Aliança Negra dos Goblinóides logo vai tomar Arton. Isso é certo. Se vocês achavam que a dominação por parte do Império de Tauron era ruim, tudo vai ficar ainda pior.

Entretanto, os exércitos mais avançados da AN, no interior do reino de Tyrondir, recuaram até a cidade-fortaleza de Khalifor, deixando o Reino da Fronteira praticamente vazio. Os planos dos goblinóides? Existem muitas teorias, mas nada concreto. Será que estão cavando túneis? Estarão criando montarias voadoras? Preparando itens de invisibilidade em massa? Ninguém consegue adivinhar...

Até agora, quando seus planos foram finalmente revelados!

A verdade é que os exércitos avançados recuaram porque a Aliança Negra precisou de mão-de-obra extra para terminar mais levas de sua sua imbatível arma secreta:


Hobgoblin Ruby Beer - embebedando Arton um reino de cada vez.